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Cirurgia de Cotovelo

O cotovelo é uma articulação chave na transição entre o ombro e o punho, fundamental para que consigamos colocar a mão em diferentes locais no espaço, e imprescindível para atividades diárias como lavar o rosto e se alimentar. 

As dores no cotovelo podem ter diferentes origens e intensidades: podem ser decorrentes de trauma, de esforço repetitivo ou de processos degenerativos.

Compreender as limitações geradas, utilizar as ferramentas necessárias para o diagnóstico, e estabelecer um plano de tratamento efetivo é fundamental na abordagem das dores ou lesões do cotovelo.

A grande maioria das lesões responde bem ao tratamento clínico, sem a necessidade de cirurgia e baseado na reabilitação e uso de medicações. Algumas condições, entretanto, exigem intervenções cirúrgicas de forma a restabelecer a anatomia original e funcional da articulação.

QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE DOR NO COTOVELO

Fraturas e luxação

As fraturas do cotovelo ocorrem devido a quedas, acidentes ou práticas incorretas de exercícios. Assim, podem afetar diversos ossos da região, dificultando a movimentação do braço e causando dores intensas. As principais fraturas do cotovelo são as fraturas da cabeça do rádio, do olécrano, e as do úmero distal, além delas, podem ocorrer lesões nos ligamentos do cotovelo, fazendo com que a área fique mais instável, causando luxações, mesmo sem ter episódios traumáticos. 

Epicondilite

A epicondilite é o termo empregado para denominar o processo patológico de metaplasia que ocorre na origem das massas tendíneas dos epicôndilos do cotovelo. Pode acometer do lado externo do cotovelo – epicondilite lateral -, ou no lado interno – epicondilite medial -. O tratamento é geralmente conservador, envolvendo repouso da articulação, o uso de órteses e, anti-inflamatórios, corticoides e fisioterapia. A cirurgia é necessária em uma minoria de casos refratários. 

Lesões do bíceps

O bíceps é um músculo que vai do ombro até o cotovelo, em sua região proximal existe uma segmentação em duas porções, fenômeno que dá nome ao músculo. Já na parte distal esses segmentos, chamados de cabeças, se unem em um tendão único com inserção na tuberosidade do rádio. Sua principal função é supinar o antebraço e ajudar na flexão cotovelo. A ruptura desse tendão geralmente ocorre em um momento bem marcado durante esforço de flexão do cotovelo, cursando com sua migração proximal em uma deformidade conhecida como sinal do Popeye invertido. Tem tratamento cirúrgico na grande maioria das vezes, como forma de reduzir limitações e perda de força.

Ruptura do Tríceps

O tríceps é o músculo do braço responsável pela extensão do cotovelo. Tem em sua origem ao nível do ombro três porções, que dão nome ao músculo, e inserção tendinosa única ao nível do olécrano no cotovelo. A ruptura desse tendão é um evento raro, mas limitante, cujo diagnóstico precoce é fundamental para o manejo adequado e um melhor desfecho funcional. Uma ruptura negligenciada cursa com perda de força de extensão do cotovelo e eventualmente perda de amplitude de movimento. O tratamento de escolha na grande maioria dos casos é cirúrgico, com reinserção óssea do tendão rompido.

Síndrome do Túnel Cubital

O nervo ulnar é um dos nervos que deixam a coluna cervical com a missão de inervar músculos importantes do antebraço e da mão. Seu trajeto conta com alguns túneis e estreitamentos, sendo o túnel cubital ao nível do cotovelo o mais relevante. A compressão do nervo, seja por compressão extrínseca ou desproporção de diâmetro nervo-túnel causa sintomas como dor, choques, alterações de sensibilidade e parestesias. O tratamento inicial pode ser com medidas conservadoras como infiltração e fisioterapia, mas eventualmente a cirurgia de descompressão pode ser necessária.

PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE COTOVELO: QUAIS OS CUIDADOS?

O cotovelo é uma articulação caracteristicamente sensível ao processo de cicatrização e restrição do movimento com imobilização. O equilíbrio entre imobilizar e mobilizar precocemente para manutenção da amplitude total de movimento é delicado e exige participação ativa e sincronia entre cirurgião, fisioterapeuta e paciente. Nesse contexto, a utilização de órteses que permitem a mobilização protegida tem grande valia, assim como o controle de edema e de retração cicatricial. Existem particularidades de cada caso e de cada paciente que devem ser observados na hora de estabelecer um protocolo de reabilitação.

É fundamental que o paciente entenda o processo pelo qual está passando, saiba respeitar e participar ativamente da reabilitação juntamente com a equipe médica e de fisioterapia.

QUANDO PROCURAR ATENDIMENTO MÉDICO DEVIDO A UMA LESÃO NO COTOVELO?

  • Dor para as atividades diárias e ou esportivas
  • Dor noturna
  • Inchaço
  • Trauma local
  • Áreas de redução de sensibilidade em mão, punho e antebraço
  • Perda da amplitude de movimento